Um dos projetos mais ambiciosos em curso na União Europeia é melhorar o futuro da habitação, que deve seguir normas de construção ecológicas, e ser projetada com materiais renováveis, respeitando totalmente a natureza.
Em Portugal, as casas biopassivas estão a ganhar cada vez mais protagonismo num cenário em que as metas de eficiência energética foram superadas em 160% ainda em 2023. Ou seja, estamos cada vez mais preparados para um presente e um futuro mais sustentáveis!
Índice de Contenidos
O que são as casas biopassivas?
As casas biopassivas fazem parte da arquitetura bioclimática, sendo construídas com materiais ecológicos. Assim é possível aproveitar todos os recursos naturais disponíveis, além de não emitir toxinas prejudiciais à saúde.
Para além disso, as casas biopassivas são feitas de materiais recicláveis e amigos do ambiente, e são aprovadas pela norma Passivhaus, que atesta que a construção tem uma elevada eficiência energética e um elevado conforto para os moradores.
Assim, as casas biopassivas maximizam aspetos como a vegetação, a orientação, a ventilação, a humidade ou a iluminação natural. Os objetivos são garantir a saúde dos habitantes das casas e o bem-estar do planeta.
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Como diferem das casas passivas?
Embora tanto as casas passivas como as casas biopassivas gerem energia quase sem custos, não há dúvida de que os dois sistemas de construção diferem entre si:
- Para começar, as casas biopassivas são um modelo mais recente do que as casas passivas, porque a sua conceção acaba por ser mais amiga do ambiente devido aos tipos de materiais utilizados para a construção destas casas (madeira ou palha, por exemplo).
- Para além disso, as casas biopassivas são construídas de forma a tirar partido dos recursos energéticos renováveis, como o ar, o vento ou o sol.
A diferença mais importante é que as casas passivas estão focadas em diminuir o consumo de energia, independentemente dos materiais que as compõem. Mas o mesmo não acontece com as casas biopassivas.
De facto, as casas biopassivas conseguem eliminar completamente o consumo de energia porque os materiais que as compõem são naturais, ecológicos e recicláveis. Por exemplo, o isolamento das paredes é feito de celulose, cortiça ou fibra de madeira.
Com estes materiais é possível evitar poluir o ambiente e prejudicar a nossa saúde, algo que nem sempre se encontra no primeiro modelo das casas passivas.
Características das casas biopassivas
As casas biopassivas caracterizam-se sobretudo por serem casas passivas, que têm como objetivo o consumo zero de energia. No entanto, também se caracterizam por serem construídas com materiais renováveis encontrados na natureza, como a madeira ou a água.
Estes materiais, por sua vez, caracterizam-se por serem totalmente recicláveis e por não produzirem emissões nocivas que possam afetar a nossa saúde ou o equilíbrio dos ecossistemas. É por esta razão que a localização das casas bioativas é crucial.
As casas bioativas devem estar situadas em locais ideais para que seja possível tirar o melhor partido dos elementos naturais. Por exemplo, é muito importante que estas construções estejam bem orientadas para captar a energia proveniente do sol.
Assim, outra das características fundamentais das casas bioativas é o facto de estarem relacionadas com o funcionamento dos painéis solares, uma vez que a construção de casas bioativas em locais quentes permite obter melhores resultados em termos de poupança de energia.
A autonomia, a poupança e a otimização energética são aspetos que fazem parte das casas bioativas, razão pela qual dependem inteiramente dos recursos renováveis encontrados nos ecossistemas. Trata-se de conviver de forma inteligente com a natureza.
Por outro lado, é igualmente importante que a temperatura da casa permaneça estável e constante para que o consumo de energia possa ser reduzido. Graças à tecnologia e aos recursos naturais, conseguimos obter conforto e melhorar a qualidade de vida.
Por último, as casas biopassivas caracterizam-se por renovar, reciclar e reduzir o consumo de energia porque estão preparadas para renovações constantes com materiais ecológicos que reduzem ao máximo os resíduos que podemos gerar.
Eficiência energética das casas biopassivas
Embora as casas biopassivas sejam potencialmente mais caras do que um sistema de construção tradicional, é verdade que este investimento inicial é compensado ao longo dos anos graças às poupanças de energia que advêm de viver em casas ecológicas como estas.
Quando um edifício cumpre a norma Passivhaus, isso significa que estamos a adquirir uma casa que nos ajuda a poupar 70% de energia em comparação com um edifício convencional, o que se traduz num custo mais baixo.
A razão pela qual a eficiência energética das casas biopassivas é tão grande é porque este tipo de casas otimiza ao máximo todos os recursos naturais, a fim de priorizar a nossa saúde, o nosso bem-estar e a poupança de energia, em favor do ecossistema.